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http://hdl.handle.net/10609/152445
Título : | A poesia de José de Almada Negreiros como curadoria queer |
Autoría: | Amarelo, Daniel ![]() |
Citación : | Amarelo, D. [Daniel]. (2024). A poesia de José de Almada Negreiros como curadoria queer. In Filipa Araújo & Carlos Ascenso André & Valeria Tocco (ed.). Mundos de Língua Portuguesa: Olhares Cruzados (III) - Da literatura em Portugal: ficção, poesia, teatro, crítica (p. 189-206). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra |
Resumen : | Este capítulo apresenta uma proposta de leitura queer da figura de José de Almada Negreiros por meio da análise dos seus poemas, com destaque para textos como «Homem transportando o cadáver de uma mulher!», «As quatro manhãs», «Cabaret» e «A torre de marfim não é de cristal» (Almada Negreiros, 1985; 2001). No quadro geral do Modernismo português e do questionamento da identidade, associada à crise de valores, ao nomadismo e à dissolução do sujeito (Vila Maior, 2015), mapeiam-se os índices de uma cosmovisão e de uma aposta poético-política fluída e não heterossexual presentes na sua poesia. Particularmente, observamos (i) uma expressão transcendentalista da superação dicotómica e binária (incluindo especialmente o binarismo sexo-genérico) – em relação com uma futuridade virtual que chamamos de «fluída» – e (ii) uma provocação insultante e engajada, às vezes celebratória, aos parâmetros do bom gosto burguês numa clara aposta pelo vício perante os tabus (McNab, 1979). Estes aspetos, na nossa opinião, aproximá-la-iam das teorias antissociais da identidade e do pensamento queer (Butler, 1999; Caserio, Edelman, Halberstam, Esteban Muñoz & Dean, 2006), produto da passagem do século xx e da iminência do xxi (que, evidentemente, escapou a Almada Negreiros por motivos cronológicos); e poderiam conformar uma linha de fuga na produção literária portuguesa da altura. This chapter proposes a queer reading of artist José de Almada Negreiros’ work and figure through the analysis of his poems, with an emphasis on texts such as «Homem transportando o cadáver de uma mulher!», «As quatro manhãs», «Cabaret» and «A torre de marfim não é de cristal» (Almada Negreiros, 1985; 2001). We consider Portuguese Modernism more generally and its questioning of identity, associated with the crisis of values, nomadism and the dissolution of the subject (Vila Maior, 2015). Based on that, some indices of a fluid, non-heterossexual worldview and poetic-political stake are mapped in Almada Negreiros’ poetry. In particular, we observe (i) a transcendentalist expression of the overcoming of dichotomy and binarism (including especially sex/gender binarism) – in relation to a virtual futurity that we term as «fluid» – and (ii) an insulting and engaged, sometimes celebratory, provocation to the parameters of bourgeois good taste in a clear commitment to vice over taboos (McNab, 1979). In our opinion these aspects would bring his poetry closer to antisocial theories of identity and queer thinking (Butler, 1999; Caserio, Edelman, Halberstam, Esteban Muñoz & Dean, 2006), a product of the turn of the 20th century and the imminence of the 21st (which, evidently, escaped Almada Negreiros for chronological reasons); and could form a line of flight in Portuguese literary production at the time. |
Palabras clave : | Almada Negreiros poesia queer modernismo Almada Negreiros poetry queer modernism |
DOI: | https://doi.org/10.14195/978-989-26-2534-8 |
Tipo de documento: | info:eu-repo/semantics/bookPart |
Versión del documento: | info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
Fecha de publicación : | 15-feb-2024 |
Licencia de publicación: | http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/es/ ![]() |
Aparece en las colecciones: | Capítulos o partes de libros |
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